Uso de medicamentos na amamentação

O uso de medicamentos na amamentação, a incluir substâncias tópicas, é sempre fonte de controvérsias. Os bons estudos necessários para determinar a segurança dessas medicações em geral não são realizados.

Entretanto, sabemos através de relatos de caso, estudos retrospectivos, experiência profissional e conhecimentos de fisiopatologia e absorção de substâncias pela pele que o uso de boa parte das medicações pode ser liberado nesse período.

As medicações podem ser categorizadas em: compatíveis com a amamentação; provavelmente compatíveis, possivelmente perigosas e perigosas. Cada situação deve ser devidamente avaliada com o intuito de decidir se os benefícios para a mãe superam os possíveis malefícios para a criança.

Em geral, as bulas das medicações não são fontes confiáveis de informações quando falamos em amamentação! Elas são escritas visando a proteção legal da indústria, e não a propagação de conhecimento científico.

A bula de muitos medicamentos sabidamente seguros para uso pela nutriz frequentemente recomenda a interrupção da amamentação ou a contraindica. Entretanto, o uso de várias substâncias consideradas “perigosas” pode, sim, ser feito em muitas situações! Vai depender de fatores como: motivo da indicação, duração do tratamento, local a ser aplicado, quantidade…

Outro fator importante a ser levado em consideração é o local da pele em que a mão utiliza a medicação. Mesmo no caso de uma substância liberada, sem excreção no leite, o contato com a pele da criança pode gerar quadros irritadiços. A mãe deve cuidar para que isso não ocorra. (Exemplos: face da mãe em contato com a face do bebê ou mama em contato com a boca do bebê.)

A melhor fonte de informação para a mãe que amamenta é o seu médico de confiança! Ele saberá ponderar se o uso de determinada substância pode ou não ser feito no seu caso específico.